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Resenha: As vantagens de ser invisível - Stephen Chbosky

As Vantagens de Ser Invisível
Cartas mais íntimas que um diário, estranhamente únicas, hilárias e devastadoras - são apenas através delas que Charlie compartilha todo o seu mundinho com o leitor. Enveredando pelo universo dos primeiros encontros, dramas familiares, novos amigos, sexo, drogas e daquela música perfeita que nos faz sentir infinito, o roteirista Stephen Chbosky lança luz sobre o amadurecimento no ambiente da escola, um local por vezes opressor e sinônimo de ameaça. Uma leitura que deixa visível os problemas e crises próprios da juventude.

Ano: 2012 / Páginas: 224
Editora: Rocco Jovens Leitores
Onde Comprar: Submarino / Americanas / Extra / Saraiva







Resenhando...

Foto: Acervo Pessoal
Então gente, finalmente li esse livro (aleluia, aleluia). Estava querendo lê-lo desde de 2014 (faz tempo viu). E felizmente hoje estou aqui para mais uma resenha, espero que gostem!

O livro se passa em 1991, nas primeiras páginas pode-se observar várias citações da cultura pop, desde artistas à músicas e livros.  Algumas delas, das que mais gostei e me despertaram a atenção, foi por exemplo: Beatles e The Smiths, com sua música "Asleep", e na literatura também, onde seu professor de inglês apresentava a ele livros como: Hamlet, de Shakespeare.

Gostei do livro mas confesso que criei muita expectativa em cima dele, depois de muitas pessoas me falarem que era o melhor livro que já havia lido na vida, que era uma leitura excepcional na vida de qualquer adolescente, e comentários desse gênero. Eu gostei de ter lido, mas não achei isso tudo.

A forma como o autor escreve nos leva a uma leitura bem rápida e gostosa, ela é escrita por cartas, Charlie as escrever, destina a uma pessoa x. O que foi muito bem feito pelo autor, por ser escrita em cartas, dá a impressão que somos nós com quem Charlie conversa, que somos os destinatários dessas cartas. Há momentos no livro que achei bem desnecessário, apesar da leitura ser rápida ela fica em certos capítulos, ops.. cartas, bem arrastada.

Charlie é um garoto que acaba de entrar no ensino médio, e durante esse primeiro ano, ele passa a escrever as cartas, contando sobre sua vida, seus pensamentos, seu cotidiano. E em várias situações do livro, acabei me identificando muito. Charlie não é exatamente o tipo de pessoa do melhor astral, animado ou brincalhão. Ele é um garoto reservado, de poucas falas e de poucos amigos, e de acordo com a leitura você vai conhecendo outras visões de Charlie, como seus amigos, ou seus pais o veem.

Foto: Acervo Pessoal
O que acaba incomodando um pouco a leitura, ou pelo menos me incomodou bastante, foi a maneira como Charlie age, sempre olhando as coisas com um certo pessimismo. E por ser uma pessoa muito sozinha e antissocial, em certos momentos ele fica extremamente depressivo, o que acabou deixando a história um pouco carregada e em algumas passagens, monótona. O livro retrata bem as fases e as crises que a adolescência traz. Charlie ainda está se descobrindo, portanto, ao longo do livro ele vai amadurecendo e lidando melhor com essa fase.

Atenção: Nos parágrafos abaixo estão contidos alguns SPOILERS, se você ainda NÃO leu o livro, recomendo que tenha cuidado.

Outro ponto que me incomodou foram os amigos de Charlie, Sam e Patrick, nas resenhas que havia lido, eles eram citados como uma amizade fantástica, um dos pontos cruciais da história. No entanto, no meu ponto de vista, acho que se eles fossem amigos de verdade de Charlie, gostariam de vê-lo bem e contente, e não o tipo de amizade que o apresenta para as drogas, e o levam para "curtir" a adolescência. Poxa, pera lá né, não é assim também. Não é necessário você usar maconha, LSD e ir nas festas dos "populares" para curtir a adolescência. Sei que eles não o obrigaram a nada, que as coisas que fez, foi porque quis. O que me incomodou é eles verem isso com bons olhos, achar tal coisa bonita e não chamar a atenção de Charlie. Afinal, se eram amigos de verdade mesmo, não iria gostar de vê-lo usando essas coisas, e de certo modo "acabando com sua vida". Nós chamamos a atenção de quem a gente gosta e ama. Não vi isso nos dois, posso estar sendo antiquada, porém é o que eu acho. Como por exemplo a irmã dele, ao saber que ele fumava o chamou a atenção e se preocupou com ele. Senti muita falta dessas atitudes nos amigos dele, no final do livro Sam e Patrick mostram um  pouco mais de preocupação, mas em geral, acho que faltou muito disso neles.

Alguns momentos, o livro me emocionou e em várias partes me identifiquei com Charlie. Porém várias coisas na postura dele me incomodaram, como por exemplo ele se sentir mal e não falar para ninguém pois não queria incomodar, de se sentir perdido e sozinho, mas não querer contar tais coisas ao psiquiatra, ou qualquer outra pessoa, para ajudá-lo. Essa postura dele me deixou um pouco irritada, poxa eles queriam te ajudar, Charlie!

Algumas situações como eu disse, a leitura ficou arrastada e cansativa, apesar de ser de fluída e de fácil compreensão. Um dos pontos positivos, foi o seu professor de inglês, que  sempre indicava muitos livros para Charlie ler (como Hamlet, citado no começo da resenha). No entanto, há novamente há um ponto negativo, pois Charlie não fala muito sobre eles, dizia apenas que foi uma boa leitura, e que havia gostado do livro. Há uma parte que ele mesmo cita que não tem livro preferido, que o último livro que ele já leu, já é seu preferido. Senti falta foi um comentário mais crítico e/ou analítico, em vez de um simples " eu gostei".

Foto: Acervo Pessoal

Um ponto positivo também, e que o autor soube abordar muito bem, foi o desenvolvimento das histórias adjacentes, ou seja, das coisas que acontecem os outros personagens sem ser Charlie. Como seu pai, sua irmã (que eu particularmente achei muito bem pensada, e escrita), de Patrick e Sam, dos avós, da história de vida do pai. Enfim, as histórias que acontece com os personagens ao redor. Um ponto positivo também, e que o autor soube abordar muito bem, foi o desenvolvimento das histórias adjacentes, ou seja, das coisas que acontecem os outros personagens sem ser Charlie. Como seu pai, sua irmã (que eu particularmente achei muito bem pensada, e escrita), de Patrick e Sam, dos avós, da história de vida do pai. Enfim, as histórias que acontece com os personagens ao redor.

Agora, vamos a algumas frases que mexeram muito comigo, e queria compartilhá-las com vocês.

 "Então, esta é a minha vida. E quero que você saiba que sou feliz e triste ao mesmo tempo, e ainda assim estou tentando entender como posso ser assim."( Pagina 12)

"Algumas pessoas passam por coisas muito piores do que as minhas. É verdade." (Página 16)

"-Charlie, a gente aceita o amor que acha que merece." (Página 35)

 "Nem todo mundo tem uma história triste, Charlie, e mesmo que tivesse, isso não é desculpa." (Página 38)

 "Quando estava indo para casa, só conseguia pensar na palavra "especial". E pensei que a última pessoa que me disse isso foi a tia Helen. Foi muito bom ter ouvido isso novamente. Porque eu acho que todos nós nos esquecemos às vezes. E eu acho que todo mundo é especial à sua própria maneira. É o que eu penso." (Página 192)


 

Foto: Acervo Pessoal

Em resumo, o livro não é ruim, no entanto também não achei isso tudo, é uma leitura mediana. Você pode se emocionar e sorrir e talvez gargalhar. Ele passa uma mensagem bem autêntica. Eu recomendo o livro, mas vai devagar, não vai criando tanta expectativa para não se decepcionar, como aconteceu comigo, deixa a leitura fluir. E quem sabe assim, você não se apaixona pela história e ele vira um dos seus livros preferidos? :)

Classificação Final: 

E vocês? Já leram? Se sim, o que acharam? Gostaram da resenha? Não deixem de comentar!!

Foto: Acervo Pessoal 
OBS: Me desculpem pela demora da postagem da resenha, havia a escrito no começo do mês passado, porém, ainda faltava revisá-la, e organizar as fotos. E só agora tive tempo, e pude postar. Espero que entendam 

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